*** junto aos textos que seguem (4), Emanamos a Energia que Interiormente nos foi indicada em Retiro:
" EDUCAÇÃO/ Educador SEM PALAVRAS,
CIÊNCIA SEM INVESTIGAÇÃO,
AUTO-DESCOBERTA ... na INTERNIDADE ( = Interna Eternidade ...)"
1º - KRISHINAMURTI - O Passo Decisivo
Pergunta: Por que interiormente, pessoalmente, psicologicamente, nos achamos em tais conflitos? É necessário isso? E é possível viver uma vida inteiramente isenta de conflito, sem nos deixarmos ficar a vegetar, a dormir? (...) Tratamos de fugir a esse estado, frequentando igrejas, ouvindo rádio, buscando distrações, entretenimentos, deleites sexuais, e tudo o mais, inclusive os deuses que cultuamos? Ou somos capazes de encarar o conflito, “ir até o fim”, e descobrir se a mente pode ficar de todo livre dos conflitos?
J. Krishnamurti: O conflito implica, sem dúvida numa contradição:contradição no sentimento, no pensamento e na conduta. Existe contradição quando desejamos fazer uma coisa e somos forçados a fazer o contrário. Para a maioria de nós, quando existe amor, existe também ciúme, ódio; e isso é também contradição. No apego, há angústia e dor, portanto contradição, conflito. Parece-me que tudo o que tocamos produz conflito, e tal é nossa vida, da manhã à noite; e mesmo quando dormimos, nossos sonhos são os símbolos perturbadores de nossa vida cotidiana.
Assim, ao considerarmos o estado total de nossa consciência, verificamos que nos achamos no conflito da auto-contradição — a eterna luta para sermos bons, nobres, isto e não aquilo.
Como disse, estamos examinando esta questão, não ideologicamente, porém concretamente, isto é trazendo consciência do nosso estado de conflito para compreendermos o que ele implica e nos mantermos em contato real com ele — não através de idéias, de palavras, porém pelo contato real.
Como sabem, podemos pôr-nos em contato com o conflito através da idéia; e em geral, estamos mais em contato com a idéia do conflito do que com o próprio fato. E a questão é se a mente pode abandonar a palavra e pôr-se em contato com o sentimento. E pode-se descobrir por que existe esse conflito, se não estamos conscientes do processo total do pensar — não do processo total do pensar do outro, porém de nosso próprio pensar?
Indubitavelmente, há divisão entre o pensador e o pensamento, com o pensador lutando perenemente por controlar, moldar o pensamento. Sabemos que é isso que está acontecendo, e enquanto existir tal divisão, terá de haver conflito. Enquanto houver experimentador e experiência como dois estados diferentes, haverá conflito. E o conflito destrói a sensibilidade, destrói a paixão, a intensidade. E sem paixão, sem intensidade, não podemos “ir até o fim” de nenhum sentimento, nenhum pensamento, nenhuma ação.
Para irmos “até o fim” e descobrirmos a essência das coisas, necessitamos de paixão, intensidade, de uma mente sobremaneira sensível — não mente instruída, mente repleta de conhecimentos. Sem paixão, ninguém pode ser sensível; e a paixão, esse impulso para o descobrimento, se embota na batalha constante que se trava dentro em nós.
Infelizmente, aceitamos como inevitáveis a luta e o conflito, e dia a dia nos tornamos mais insensíveis, mais embotados. E esse estado, em sua forma extrema, leva-nos à insanidade mental; (...) Seria vantajoso, penso, se cada um de nós pudesse averiguar o que realmente sentimos a respeito do conflito. Aceitamos ou nos deixamos enredar por ele, sem sabermos como livrar-nos dele, ou estamos satisfeitos com nossos múltiplos meios de fuga? (...)
Só existe pensar, e nenhum pensador; só um estado de experimentar, e nenhum experimentador? No momento em que nasce o experimentador, graças à memória, tem de haver conflito. Isso se me afigura bem simples, se já pensastes a seu respeito. Essa é a verdadeira raiz da auto-contradição. Para a maioria de nós o pensador se tornou sumamente importante, e não o pensamento, o experimentador, não o estado de experimentar.
Isso, com efeito, implica na questão de que estivemos tratando noutro dia, ou seja, o que entendemos por ver. Vemos a vida, uma pessoa; uma árvore, através de idéias, opiniões, lembranças? Ou estamos em comunhão direta com a vida, a pessoa, ou a árvore? Penso que vemos através de idéias, lembranças e juízos e que, por conseguinte, nunca vemos nada. Assim, vejo-me a mim mesmo tal como “eu realmente sou”, ou vejo-me como “eu deveria ser” ou como “eu fui”? Por outras palavras, a consciência é divisível? Falamos com muita facilidade a respeito da mente consciente e da mente inconsciente, e das muitas camadas entre ambas existentes. Existem essas camadas, essas divisões, e elas se acham opostas umas às outras.Temos de percorrer todas essas camadas, uma a uma, para nos livrarmos delas ou tentarmos compreendê-las — maneira muito cansativa e ineficaz de resolver um problema — ou é possível varrermos todas as divisões, todo esse conjunto, e tomarmos conhecimento da consciência total?
Para nos tornarmos cônscios totalmente de uma coisa, necessita-se de percepção, visão, não colorida por idéia alguma. Ver uma coisa inteiramente, totalmente, não é possível quando existe motivo, um propósito. Se estamos interessados em alguma alteração, não estamos vendo o que realmente é. Se estamos interessados na idéia de que devemos ser diferentes, de que devemos melhorar o que vemos, torná-lo mais belo, etc., não somos então capazes de ver a totalidade do que é. A mente só está então interessada em mudança, alteração, melhoria, aperfeiçoamento.
Mas posso me ver assim como sou, como consciência total, sem ficar enredado nas divisões, nas camadas, nas idéias opostas, existentes na consciência? Não sei se já alguma vez praticou a meditação — por ora não falarei sobre esta matéria. Mas, se já praticou, deve ter observado o conflito que se verifica na meditação — a vontade lutando para controlar o pensamento, e o pensamento a escapar-lhe sempre. É uma parte de nossa consciência — esse impulso para controlar, moldar, satisfazer-se, ter êxito, encontrar segurança; e ao mesmo tempo a compreensão do absurdo, da inutilidade, da futilidade de tudo isso. A maioria de nós tenta desenvolver uma ação, uma idéia, uma vontade de resistência, para servir como uma espécie de muralha em torno de nós mesmos, e dentro dessa muralha esperamos permanecer num estado de ausência de conflito.
É possível percebermos a totalidade desse conflito e permanecermos em contato com essa totalidade? Isso não significa permanecer em contato com a idéia da totalidade do conflito, ou vos identificardes com as palavras que estou empregando; mas, sim, significa estar em contato com o fato da totalidade da existência humana, com todos os seus conflitos de tristeza, sofrimento, aspiração e luta. Significa enfrentar o fato, “viver com ele”.
Como sabem, “viver com uma coisa” é extremamente difícil. “Viver com aquelas montanhas” que nos cercam, com a beleza das árvores, com as sombras, a luz matinal, a neve, “viver com isso” realmente, é muito difícil. Todos tomamos conhecimento dessas coisas, não é verdade? Mas, vendo-as dia por dia, embotam-nos diante delas, como acontece com os camponeses, e nunca mais tornamos a olhá-las realmente. Mas “viver com a coisa”, vê-la cada dia como nova, com clareza, com sensibilidade, com apreciação, com amor — isso requer enorme soma de energia. E “viver com uma coisa feia” sem que essa coisa feia possa perverter, corroer a mente — isso requer por igual muita energia. “Viver tanto com o belo como com o feio” — como temos de viver, em nossa existência — requer descomunal energia. E essa energia é rejeitada, destruída, quando nos encontramos num estado de perpétuo conflito.
Assim, pode a mente olhar a totalidade do conflito, “viver com ele”, sem aceitá-lo, nem rejeitá-lo, sem permitir que o conflito nos deforme a mente, porém observando realmente todos os movimentos internos de nossos próprios desejos, geradores de conflito? Acho que isso é possível — não apenas possível, mas, quando penetramos profundamente o conflito, quando nossa mente está apenas a observar e não a resistir, a rejeitar, a escolher, eis o que acontece.
Então, depois de chegarmos até aí, não em termos de tempo e espaço, porém com a experiência real da totalidade do conflito, descobriram por vocês mesmos que a mente é capaz de viver muito mais intensa, apaixonada e vitalmente; e uma mente assim é essencial para que possa surgir na existência aquela “certa coisa imensurável”.
A mente em conflito jamais descobrirá o verdadeiro. Poderá tagarelar incessantemente acerca de Deus, da bondade, da espiritualidade e tudo o mais, mas só a mente que compreendeu de maneira completa a natureza do conflito e, por conseguinte, se acha fora dele, só ela pode receber aquilo a que se não pode dar nome, aquilo que não pode ser medido."
Krishnamurti em O Passo Decisivo
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3º - Religiosidade Científica - Cósmica
...Os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por essa
religiosidade diante do cosmos. Ela não tem dógmas nem um Deus concebido
à imagem do homem; portanto nenhuma Igreja ensina a religião cósmica.'
[Albert Einstein, no livro “Como Vejo o Mundo”]
“O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem se espera benevolência e do qual se teme o castigo – uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai -, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam.
Mas o sábio, bem consciente da lei de causalidade que determina qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado, que estão submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe cria problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens.
Sua religiosidade consiste em espantar-se e extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, as quais revelam uma inteligência tão superior que todos os pensamentos dos homens e todo o seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser o seu nada irrisório. Este sentimento mostra a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos de todos os tempos.”
Vejam a RELIGIÃO COSMICA, de Albert Einstein, no Boletim O Teosofista, dezembro 2009.
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3º - Há uma nova ciência do pensamento e da energia que se formará, enquanto a vida é compreendida mais plenamente em termos espirituais. Tal ciência já tem precursores na história antiga e até na história moderna, entretanto, é em grande parte desconhecida para a consciência coletiva.
Esta nova ciência espiritual terá muitos níveis de expressão, no entanto, um dos básicos é que ela criará uma compreensão do relacionamento do pensamento com a energia, e da energia com os corpos energéticos dos outros, tanto humanos como não humanos.
Uma premissa fundamental desta nova ciência é que o pensamento é energia, não energia física, mas parte de um continuum de energia espiritual que afeta e é parte da vida como um todo. Quanto mais puro, mais claro e mais cheio de luz for o pensamento, mais potente ou dirigida pode ser a energia que o libera. No entanto, não importa quão obscuro possa ser um pensamento, ele ainda libera energia na direção do seu conteúdo, valência emocional e motivação.
Quando os seres humanos reconhecerem o poder do pensamento como energia, eles buscarão não somente se transformarem neste nível, mas também reconhecerão a grande força para o bem que existe na habilidade de afetar o mundo através do próprio processo do pensamento/energia. Além deste bem pessoal e interativo humano, há inúmeros benefícios para a Terra, que podem vir da liberação do pensamento/energia de maneiras que são úteis à Terra.
Implícito nesta nova ciência do pensamento e energia estará a compreensão de que toda a consciência é interativa, e o que se faz ao nível mental interior afeta exteriormente as coisas também. Neste sentido, o corpo biofísico da Terra é afetado pela consciência daqueles que vivem na Terra, e é curado e restaurado, ou esgotado e degradado, dependendo da visão, da atitude e do sentimento subjacente em relação a uma realidade compartilhada.
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4º - "Religião e Espiritualidade "
A religião não é apenas uma,
são milhares .A espiritualidade é apenas
uma. A religião é para os que
dormem.A espiritualidade é para os que estão
despertos.
A religião é para aqueles que
necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser
guiados.A espiritualidade é para os que prestam atenção à
sua Voz Interior. A religião tem um conjunto de
regras dogmáticas.A espiritualidade te convida a
raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A
religião ameaça e amedronta. A espiritualidade lhe
dá Paz Interior. A religião fala de pecado e
de culpa.A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o
erro"..
A religião reprime tudo, te faz
falso.A espiritualidade transcende tudo, te faz
verdadeiro! A religião não é Deus.A
espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.
A
religião inventa.A espiritualidade
descobre. A religião não indaga nem
questiona.
A espiritualidade é ABERTA ao TODO.
A religião é humana, é uma organização com
regras.A espiritualidade é Divina, sem
regras. A religião é causa de
divisões.A espiritualidade é causa de
União.
A religião lhe busca para que
acredite.A espiritualidade você tem que
buscá-la. A religião segue os preceitos de um livro
sagrado.A espiritualidade busca o sagrado
em todos os livros.
A religião se
alimenta do medo.A espiritualidade se alimenta na
Confiança e na Fé. A religião faz viver no
pensamento.A espiritualidade faz Viver na
Consciência..
A religião se ocupa com
fazer.A espiritualidade se ocupa com
Ser. A religião alimenta o ego.A
espiritualidade nos faz Transcender.
A religião
nos faz renunciar ao mundo.A espiritualidade nos
faz viver em Deus, não renunciar a Ele. A religião é
adoração.A espiritualidade é
Meditação.
A religião sonha com a glória e com o
paraíso.A espiritualidade nos faz viver a glória e
o paraíso aqui e agora. A religião vive no passado e
no futuro.A espiritualidade vive no
presente.
A religião enclausura nossa
memória.A espiritualidade liberta nossa
Consciência. A religião crê na vida
eterna.A espiritualidade nos faz consciente da vida
eterna.
A religião promete para depois da
morte.A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso
Interior durante a
vida.
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"Não somos seres
humanos passando por uma experiência espiritual...
Somos seres espirituais passando
por uma experiência humana... "
(Pierre Teilhard de
Chardin)
... somente (Leia e)RECITE a SI mesmo - no "SILENCIOSO-CORAÇÃO D'ALMA ESPIRITUAL" - ... da sua CONSCIÊNCIA ETERNA ...
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A manifestação do SER que ja se PERCEBE COMO ENERGIA, DEVE VIR SINCRÔNICA A TAL, ou seja, manifeste-se para COMPLEMENTAR tal ENERGIA aqui disposta; assim, que aki não use-se de desqualificantes, pois essas são FRUTOS da (EGO)Demo-cracia, a qual só leva ao Conflito debatedor, que é estéril e miope com a SILENCIOSA ENERGIA REGENTE;